Mulheres vítimas de violência poderão ter prioridade no atendimento estético | ||
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Da Redação São várias as formas de violência, entre elas a física, a psicológica e a ofensa moral. Mas aquelas que deixam deformações nas mulheres são as mais humilhantes, visto que por levá-las a baixa autoestima, na maioria das vezes, induz a uma depressão. A constatação em forma de alerta partiu do primeiro secretário da assembléia legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR) ao justificar projeto de sua autoria que visa estabelecer a prioridade no atendimento em cirurgia plástica reparadora, nos casos de dano à integridade física decorrente da violência. A matéria tramita na Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da assembléia legislativa e visa, em última análise, restituir a dignidade e a autoestima da mulher e impedir que ela leve por toda a vida a marca da violência que sofreu. “Esta iniciativa pretende demonstrar a necessidade de um atendimento especial e especializado à mulher, que teve parte do corpo lesado ou mutilado em função de agressão sofrida”, justifica o autor. O texto está sob análise da comissão de saúde composta pelos seguintes parlamentares: Wallace Guimarães (presidente) Guilherme Maluf (vice-presidente), Antônio Brito, Antônio Azambuja e Sebastião Rezende (membros), João Malheiros, Vilma Moreira, Ademir Brunetto, Gilmar fabris e Adalto de Freitas (suplentes). O autor da matéria, Sérgio Ricardo, considera que “o Estado tem sido historicamente negligente na assistência a essas mulheres. E que, chegou, portanto, a hora de corrigir tal descaso, principalmente no serviço público de saúde, cuja prestação se reveste de um caráter de absoluta indispensabilidade”. Ele lembra que muitas vítimas, envergonhadas, e com receio de serem discriminadas ou rotuladas, não registram sequer boletim de ocorrência contra seus agressores, quiçá procurar por atendimento médico para reparar uma lesão física. Para ela, a grande maioria das mulheres, vítimas de agressão, permanece num escandaloso silêncio, retraídas, muitas vezes, mutiladas, numa absurda clausura da qual se recusam sair. Escondem de seus familiares sua penosa condição, ou até mesmo se escondem, pois sabem, no íntimo, que não conseguirão meios de reparar esteticamente a lesão que sofreram. Há de se ter uma postura humanizada e ética diante dessa aviltante situação, para que haja uma acolhida a essas mulheres, para que possamos proporcionar-lhes um retorno digno à vida, devolvendo-lhes a autoestima, restabelecendo-lhes o que há de mais íntimo e pessoal: a aparência. As mulheres conquistaram um grande espaço no mercado de trabalho, na política, lutaram e conseguiram a igualdade de direitos e muitas já são verdadeiras chefes Apesar das conquistas das mulheres nas últimas décadas, não são poucas as que se vêem em condição de vulnerabilidade e sofrem com as diversas espécies de violência, inclusive e principalmente no próprio lar, e é esta realidade que Sérgio Ricardo pretende reverter ao propor a matéria. |
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
ACONTECE EM CUIABÁ Mulheres vítimas de violência poderão ter prioridade no atendimento estético
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