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A CULPA É DA MULHER ?

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Para quem mata mulheres a punição deveria ser mais severa”, avaliou Cavalcanti.

Violência contra mulheres gera debate
A violência contra a mulher vem aumentando no Estado. De 2007 a 2009, o número de casos passou de 277 para 290, crescimento de 5%. Os dados, repassados ontem pela deputada Terezinha Nunes (PSDB), são da Secretaria de Defesa Social (SDS) e do site Pebodycount.
“Somente nos primeiros dias do ano, seis mulheres foram mortas”, destacou, citando o assassinato, na semana passada, de uma turista alemã, entre outros casos. O vice-líder da bancada de Oposição, deputado Alberto Feitosa (PR), rebateu, informando que “o governador Eduardo Campos (PSB) foi um dos primeiros a instalar uma Secretaria para tratar da defesa da mulher”.
Para Terezinha, enquanto o governador comemora a redução de 12% no registro geral de homicídios no Estado, por meio de propaganda, omite casos relacionados às mulheres. “É preciso discutir o assunto de forma transparente”, defendeu, lembrando que, em 2007, Campos lançou o plano de segurança para erradicar a violência contra a mulher, “mas esse não saiu do papel”. “Disseram que seriam construídas dez novas delegacias especializadas; 13 defensorias públicas, além de outras ações ”, cobrou.
O Governo, de acordo Feitosa, “não esconde estatísticas sobre a criminalidade, ao contrário do que ocorria na gestão passada”. “Eduardo tem a aprovação de 80% da população. Nenhuma entidade contestou os dados do Governo e Terezinha desconhece o Pacto pela Vida. Não se pode discutir um tema importante com tão poucas informações”, rebateu, enumerando ações implementadas como o Projeto Mãe Coruja, que congrega várias iniciativas de apoio às gestantes usuárias do sistema público de saúde.
Em apartes, Maviael Cavalcanti (DEM), Bringel (PSDB), Jacilda Urquisa (PMDB), Izaías Régis (PTB), Isabel Cristina (PT) e Luciano Moura (PCdoB) também se pronunciaram. “Para quem mata mulheres a punição deveria ser mais severa”, avaliou Cavalcanti. Bringel disse que aguarda a instalação de uma Delegacia da Mulher em Ouricuri, solicitada por ele no início da legislatura, e Jacilda frisou que, por falta de apoio do poder público, as mulheres temem denunciar os agressores.
“A maioria dos crimes é passional e não tem como a Polícia agir preventivamente”, observou Régis. Isabel destacou a importância do tema, entretanto disse que ele perde a essência quando é politizado. “Nos oito anos do Governo anterior, não se falava em política de segurança pública”, criticou Moura.
http://www.fisepe.pe.gov.br/cepe/materias2010/fev/legi04250210.htm

ACONTECE NA ESPANHA FEVEREIRO DE 2010

Espanha legaliza aborto até a 14ª

O aborto agora é legal na Espanha. Mulheres, inclusive adolescentes entre 16 e 18 anos, que estejam até na 14ª semana têm direito de fazer aborto. Na quarta-feira (24), o senado espanhol aprovou em definitivo a chamada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez, que já havia sido ratificada pela Câmara dos Deputados em dezembro passado. A lei teve 132 votos favoráveis, 126 contrários e uma abstenção, sendo que entrará em vigor quatro meses depois da sua publicação no diário oficial. As informações são da Folha Online.
De acordo com o texto, o aborto também é livre para mulheres até a 22ª que corram risco de morte ou ameças à saúde, ou que o feto tenha má formação. Nesse caso, o fato deve ser certificado por dois médicos. As gestantes que tiverem ultrapassado esse período poderão interromper a gravidez somente diante de anomalia fetal "incompatível com a vida" ou quando o feto sofrer de doença grave e incurável, fato que também dever atestado por um painel de médicos.
A lei que ainda está em vigor, de 1985, já permitia o aborto em casos de estupro, grave malformação do feto e dano à saúde física e psicológica da gestante. Dados divulgados pelo governo espanhol informam que , em 2009, cerca de 116 mil mulheres praticaram o aborto. O aumento foi de 3,27% sobre 2008. Destas, estima-se que mais de 10 mil tivessem até 18 anos de idade.
http://www.conjur.com.br/2010-fev-25/espanha-legaliza-aborto-14-semana-inclusive-adolescentes

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mulher de Charlie Sheen

 Mulher de Charlie Sheen está em clínica de reabilitação
16 de fevereiro de 2010 12h54 atualizado às 13h02



  Foto: Getty Images Brooke Mueller e Charlie Sheen
Foto: Getty Images

Brooke Mueller, atriz e mulher do ator Charlie Sheen, deu entrada em uma clínica de reabilitação em Malibu, na Califórnia, EUA. As informações são do site TMZ.
Viciada em álcool, ela chamou a polícia na noite do último Natal, acusando o marido de tê-la ameaçado com uma faca. O ator chegou a ser preso em Aspen, no Colarado (EUA) e liberado sob fiança.
No início de fevereiro, foi acusado formalmente por três crimes: violência doméstica contra sua mulher, lesão corporal em terceiro grau e perturbação criminal.
Sheen, 44 anos, astro do seriado cômico Two and a Half Men está casado com Brooke desde maio de 2008. Eles têm dois filhos gêmeos, Bob e Max, de 11 meses.
http://diversao.terra.com.br/gente/noticias/0,,OI4267905-EI13419,00-Mulher+de+Charlie+Sheen+

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Salvador - Nesta sexta-feira (12) 2010

Violência contra a mulher liderou ocorrências do Observatório
Sábado, 13/02/2010 - 20:21
Salvador - Nesta sexta-feira (12), o Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e a Homofobia, coordenado pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur), registrou um aumento significativo de ocorrências, chegando aproximadamente a 100. Entre estas, a principal demanda foi basicamente a violência contra a mulher.
Com a participação de alguns parceiros, já no primeiro momento, o Observatório distribuiu o trabalho em diferentes circuitos com observadores sociais que constataram alguns casos. As observações se intensificaram com a entrega da chave da cidade ao Rei Momo, no Campo Grande, pelo prefeito João Henrique, que formalizou a folia. Apesar do curto espaço de tempo, nesta quinta-feira (11), os observadores conseguiram realizar seu trabalho efetivando observações e recebendo denúncias.

A segunda noite de folia (12) foi marcada por uma ampla distribuição de material informativo, para sensibilizar os foliões sobre a importância de denunciar ações de discriminação.

Parceria - Além do trabalho dos observadores sociais, o Observatório está contando com o apoio de alguns artistas, que ressaltam durante o percurso a importância em denunciar pelo "156" os atos discriminatórios. Os blocos Olodum, Alvorada, o artista Gerônimo, a banda Nossa Juventude, entidades carnavalescas, afoxés, bandas de percussão, qu

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ACONTECE EM BELO HORIZONTE - Serial killer que agiu no Bairro Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 2009

Famílias de mulheres mortas brutalmente convivem com dor e revolta

Maria Aparecida não perde esperança de que matador da filha seja pego
A dor de enterrar um familiar vítima da violência só não é maior, em muitos casos, do que a angústia de saber que os órgãos de segurança pública ainda não descobriram o autor da barbárie, como ocorre com parentes das três mulheres violentadas e estranguladas pelo serial killer que agiu no Bairro Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 2009. O caso foi revelado na última terça-feira, quando o Estado de Minas mostrou com exclusividade que exames do Instituto de Criminalística em amostras de sêmen coletadas nos corpos de Ana Carolina Assunção, de 27 anos, Maria Helena Lopes Aguilar, de 48, e Edna Cordeiro de Oliveira Freitas, de 35, apontaram que elas foram assassinadas pelo mesmo homem.
Além da onda de assassinatos de mulheres registrada em Belo Horizonte entre 1999 e 2001, muitos ainda não esclarecidos, ainda no ano passado homicídios que ganharam destaque pela crueldade continuam sem resposta, entre eles alguns que envolvem violência sexual. Um dos mais chocantes ocorreu em abril, quando um criminoso tirou a vida da universitária Júnia Aparecida da Silva. O corpo da estudante de biologia foi encontrado a cerca de 500 metros de casa, num bota-fora do Bairro Lago Azul, em Ibirité, na região metropolitana. “A polícia continua sem pistas do agressor e não descobriu quem matou minha filha. Sofro dia e noite, mas não perdi a esperança de ver o crime elucidado”, desabafou a mãe da vítima, Maria Aparecida da Cruz Silva, de 49.
Ela guarda com carinho o porta-retrato de sua menina, presente dos colegas de trabalho de Júnia. Volta e meia, quando a saudade aperta, passa horas observando o belo sorriso deixado da garota, cujo corpo apresentava sinais de violência sexual. “Tenho que saber o porquê de alguém ter feito isso com minha filha, pois a Júnia era uma pessoa estudiosa, trabalhadora. Teve bom berço e não se envolvia com pessoas erradas”, acrescentou a mãe. A polícia informou que há três possíveis suspeitos e que “o delegado responsável pelo caso pediu a quebra de sigilo e fez outras representações à Justiça para aprofundar as investigações”.
Também em Ibirité e no mesmo mês, moradores encontraram o corpo de Renata Expedita de Oliveira, com perfurações de facas e sinais de estrangulamento. A polícia não tem um suspeito para o crime. Dor semelhante sofre a família de Marluce da Silva Wolf, também morta em abril. O corpo da garota foi localizado num lixão do Bairro Brasília, em Araguari, no Triângulo Mineiro. A Polícia Civil acredita que o crime foi motivado por vingança, mas a corporação admitiu que ainda não tem um suspeito.
Naquele mesmo mês, Ramayane Rezende, de 19, foi assassinada por asfixia em Sete Lagoas, na Região Central, no dia 13. Ela foi vista pela última vez quatro dias antes de seu corpo ser localizado, na Lagoa Grande, com sinais de violência sexual. A polícia acredita que o crime tenha sido praticado por um homem que apareceu morto três dias depois, mas o inquérito ainda não foi concluído.
Também em abril, o corpo de Cássia Priscila Azevedo Costa, de 25, foi localizado às margens de uma cachoeira da área rural de Bonfim, perto de Igarapé, na região metropolitana. Ela foi estrangulada, mas não foi confirmado o abuso sexual. A polícia informou que o inquérito aguarda resultado de exame de DNA para ser comparado com dois suspeitos.
Outro homicídio que aguarda a identificação do autor pode ter relação direta com a ação do maníaco caçado pela polícia. Ele ocorreu em janeiro de 2009, em BH, onde o corpo da comerciante Adina Feitor Porto foi encontrado com sinais de abuso sexual e estrangulamento.
Original em: http://www.uai.com.br

domingo, 7 de fevereiro de 2010

MUTILAÇÕES FEMININAS

Cerca de 3 milhões de mulheres são vítimas de mutilação genital todo ano

Waris Dirie
Apesar do alto número de vítimas, medidas políticas contra esse tipo de violência contra a mulher deixam a desejar. Na Alemanha, estados preparam projeto de lei para tornar mais rigorosa a punição desse crime.
Mais de 150 milhões de mulheres e meninas foram submetidas a mutilação genital feminina em todo o mundo. Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), cerca de três milhões de meninas se tornam vítimas dessa prática a cada ano.
Por ocasião do Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, 6 de fevereiro, foi lançada em Berlim uma campanha contra esse tipo de violência contra a mulher. A mentora da iniciativa lançada por diversas organizações é a ex-modelo Waris Dirie, ela própria mutilada na idade de 5 anos em seu país de origem, a Somália.
Waris Dirie denuncia que os políticos em todo o mundo, não só na Europa, só fazem promessas vazias. Como encarregada especial das Nações Unidas, ela exige medidas concretas: “É um problema mundial, não apenas africano. Acontece em todo o mundo, e com uma frequência muito maior do que se imagina. É chocante e decepcionante ver os políticos internacionais se omitindo dessa forma”.
Não só na África e nos países árabes
As principais vítimas da mutilação genital são sobretudo meninas e mulheres de 28 países africanos, sobretudo ao sul do Saara. Fora da África, essa prática é comum principalmente em países árabes como Omã e Iêmen. Na Europa e na América do Norte, os imigrantes muitas vezes viajam para seus países de origem para mandar mutilar suas filhas.
A meta da campanha é alertar para esse grave problema mundial por meio de uma propaganda provocadora.
A organização de defesa dos direitos da mulher Terre des Femmes se empenha desde 1983 contra a mutilação de mulheres, sobretudo na África. A política verde alemã Irmingard Schewe-Gerigk, presidente da organização, descreve a resistência contra esse crime: “Em Burkina-Faso, por exemplo, 300 voluntárias combatem a mutilação genital feminina com nosso incentivo e apoio financeiro. Essas mulheres visitam vilarejos e informam a população sobre as consequências nocivas dessa prática”. Até agora, 32 mil meninas puderam ser protegidas da mutilação em consequência desse trabalho voluntário.
A Terre des Femmes também atua em Serra Leoa, onde as mulheres anteriormente incumbidas de realizar a mutilação adquirem chances de mudar de profissão com ofertas de alfabetização, cursos de agricultura ou indenização financeira.
A associação LebKom e.V. (uma sigla que quer dizer “comunicação viva com mulheres em sua própria cultura”) desenvolve projetos no Quênia, a fim de proteger as meninas, fortalecer as mulheres e mobilizar os homens. Na opinião de Kerstin Hesse, atuante há sete anos no Quênia, a mutilação genital feminina só pode ser combatida se todos estiverem envolvidos no processo. Afinal, não adianta uma mulher decidir que não mandará mutilar sua filha, se o resto da família for contra essa decisão.
“Já que no Quênia, assim como no mundo inteiro, são os homens que decidem e determinam as regras dentro da família e na sociedade, nós nos concentramos sobretudo no trabalho com os homens. Oferecemos cursos para 210 docentes, 50% homens e 50% mulheres. Esses cursos foram concebidos para durar três anos e meio. No início do projeto, em 2002, a maioria dos professores matriculados eram defensores radicais da mutilação feminina, uma frente masculina disposta a defender sua cultura”, descreve Hesse.
Entretanto, os profissionais responsáveis pelos cursos se mostraram aptos a lidar com essa reação completamente compreensível dos participantes. Após apenas três meses de curso, homens e mulheres estavam decididos a proteger suas filhas da mutilação. Os participantes acharam tão enriquecedor o que aprenderam nos cursos que se entusiasmaram em dividir esse conhecimento com a maior quantidade possível de pessoas, lembra a política verde alemã e presidente da Terre des Femmes.
Perpectiva de mudar o código penal alemão
Segundo Irmingard Schewe-Gerigk, na Alemanha vivem 20 mil mulheres mutiladas, sendo que 5 mil meninas correm o risco de serem submetidas à mutilação. “Eu gostaria que essas meninas fossem colocadas sob nossa proteção. Temos que fazer tudo para impedir que elas não sejam mutiladas na Alemanha ou durante alguma viagem de férias ao país de origem dos pais”.
Jawahir Cumar, da Somália, orienta mulheres mutiladas na Alemanha
Além disso, as mulheres afetadas teriam direito a assistência médica. Nesse ponto, a Alemanha não oferece as melhores condições, alerta a política verde. É por isso que a Terre des Femmes iniciou uma campanha de assinaturas em colaboração com o centro de planejamento familiar Balance, a fim de assegurar que as vítimas realmente obtenham financiamento para serem examinadas, orientadas e operadas.
Por ocasião do Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, políticos alemães fizeram um apelo pelo repúdio dessa prática em todo o mundo.
Na Alemanha, uma mudança na legislação sobre o tema está sendo levada adiante. Os estados de Baden-Württemberg e de Hessen já apresentaram ao Bundesrat, câmara alta do Parlamento alemão, um projeto de lei que prevê uma pena de prisão de pelo menos dois anos para casos de mutilação genital.
Até agora, essa prática era punida apenas como lesão corporal simples ou culposa. Diversos estados com governos conservadores já demonstraram apoio ao projeto de lei.
Essa postura é nova. Em julho de 2009, as bancadas cristãs ainda defendiam as atuais regulamentações penais, considerando um maior rigor legal contraproducente para as vítimas.
Fonte: DW-World
http://refunitebrasil.wordpress.com/2010/02/06/cerca-de-3-milhoes-de-mulheres-sao-vitimas-de-mutilaca

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PERFIL CRIMINAL

*Criminalidade Feminina, preocupa e reflete déficits ainda maiores do que os já constatados. Essa referência, nos leva a conclusão que o porvir, poderá se deparar ao já sabido histórico negativo, atestando a incompetência do Estado, para com suas prisioneiras. Podendo representar portanto, mais miserabilidade, descomprimento dos Direitos garantidos em Leis, vulnerabilidade nas questões de segurança, e todas as problemáticas que se relacionam á falta de estrutura do sistema prisional feminino.
Assim sendo, requer urgência imediata de políticas governamentais voltadas especialmente para a Mulher Encarcerada...


Voltando no tempo, descobrindo e Analisando...

Antes dos anos 70 e bem depois da antigüidade, os crimes mais praticados pelas mulheres eram os Passionais.


Já entre as decadas de 60 e 70, a figura da mulher aprisionada, se revelava em duas faces. - A da rebeldia e a delituosa. Assim, dividida de um lado, pelas questões políticas, onde o aprisionamento se dava em repúdio á ideologias e militancias não aceitas pelo poder maior do Estado. Já, do outro lado também aprisionado, estavam as mulheres presas por práticas delituosas, sendo o crime de furto, o maior tipificador á garantir mandatos de prisões e condenações pela pratica.

Por ser considerado uma forma "mais acessível, rápida, de menor risco, pouca dedicação, e solitária, (sem a divisão do lucro, proveniente da rés furtiva, ou seja, não necessita de sócios ou sociedades/parcerias). Sendo o furto, muito mais "direcionado á vítimas" femininas, (que dificilmente se expunham, diante da perda material), evitando ocorrências, em face do bem subtraído. Outro "atrativo" que se resguardava na certeza de "correr menos risco" vinha do fato, de que a mulher, mesmo estando na condição de vítima, não tinha/tem por habito, revelar a dor de uma violência sofrida (até por questão de educação) nem tão pouco delatar uma executante."

Contudo, se o furto era o mais praticado, também era o que responsabilizava, apenava, e encarcerava o sexo feminino. Mesmo que em um número bem pequeno, e sem práticas violentas, o ato de tomar para sí o que é de outros, era "recordista" na condução das mulheres transgressoras para as prisões.

Porém, independente do valôr da coisa subtraída, o crime de furto, mantinha mais facilmente a mulher encarcerada, até o cumprimento da pena.

Pelo crime de furto consumado, era atribuida a autora, (réu) a alcunha de ladra, que representava uma definição gravíssima e degradante, até mais que a pena de prisão.

Do início dos anos 70 até 2008, ou seja, após três decadas, o tráfico de drogas surpreende e continua superlotando prisões. Não por ser o crime "preferido" (pois isso não existe, nem condiz com a realidade), mais sim, por ser sempre o mais próximo e "viável de se estar/fazer infiltrada".

Além de não requerer (muito pelo contrário), experiências no ramo, o tráfico de drogas, se oferece como promessa de ganhos "rápidos". Mantendo costumeiramente, vasta e "barata" "mão de obra," o tráfico, consegue se posicionar "dentro do seu mercado" quase sempre, como uma "empresa". Embora, ilícita e criminosa, determinadas "biqueiras", se apresentam como contratantes, que chegam a oferecer benefícios, a seus "empregados".

É muitas vêzes aí, que seduzida pelo "a mais" com "ajuda de custo," cesta básica e a oportunidade do trabalho noturno, (o que permite á "desgraçada desesperada") ora "contrada" estar presente no lar o dia todo, que algumas nem param mais para pensar. Convencidas, primeiro perdem o mêdo, depois a liberdade, e em diversos casos, a vida. O que costumeiramente ocorre, sem que a "mula" chegue a "usufruir sequer, do primeiro trocado.

Uma vez, podendo ter "sua renda sem sacrificar" a família, ou despertar "suspeitas nos vizinhos e pessoas próximas," a mulher, se ve apenas diante das "vantajosas ofertas", que não são encontradas facilmente em outras "modalidades". Assim, resolve se sujeitar a sorte, passando a "traficar" no estalar de dedos.

Como muitas declaram, não se pensa muito, mesmo porque, quando se vai pela forma ilícita procurar saída de uma situação financeira complicada, já começa um comprometimento e este uma vez provocado, coloca a mulher á condição de oferta, ou seja, ela esta se oferecendo e não sendo convidada.

Mesmo existindo inumeras formas de envolvimento com o tráfico e diversas situações de pura ingenuidade, onde também a mulher sofre figurando como vítima de abusos e se vê forçada a obedecer, há as que se decidem por ordem e conta própria.

Claro que entre erros e acertos, há as que optam pela "terceira opção" porém, cada situação tem sua particularidade.


Afinal, junto a tantas "fartas promessas futuras," estando no presente, em total estado de miséria, "o tráfico de drogas" passa a exercer o papel da oportunidade na hora e medida exata que "a envolvida tanto sonhava"...

Sonhava e Sonham... Sem visualizar o lado oposto da generosa oportunidade, nem tão pouco vislumbrar a gravidade do delito se descoberto.


Aumento das Mulheres no Crime


E é assim, que muitas começam a escrever uma história sem final feliz, enquanto outras, nem possuem mais histórias...

Se por um lado, o tráfico escancara a porta, tornando muito fácil o ingresso, também é crime amplamente "farejado," bem investigado e tão rapído á aprisionar.


*Na última década, a população carcerária feminina cresceu em números consideravelmente preocupantes.

Se estabelecermos um parâmetro, comparando em números percentuais, a quantidade de unidades prisionais que existiam, observando, quantas foram "providênciadas ás pressas" e quantas estão sendo projetadas para a mais breve inauguração, teremos uma rápida noção da crescente massa carcerária, que já lota os presídios.

Sem a mínima condição de dignidade

Os estabelecimentos prisionais femininos, que foram sendo criados dentro de um "improviso emergencial" estão em sua maioria, inapropriados e totalmente precários sobre todos os aspectos, não oferecendo nem a mínima condição de dignidade, para que se cumpra a cautela prisional e/ou a sentença penal condenatória.

Mesmo sendo uma estatística assustadora, as mulheres continuam representando uma parcela muito pequena da população carcerária brasileira, (aproximadamente em torno de 5 a 6%) se comparada aos índices da massa carcerária masculina.



Futuro de mais mulheres aprisionadas


Apresentando uma realidade muito diferente do que se pressumia e "esperava", não inibiu, nem impede que o sexo feminino continue caminhando rápidamente e em grupos grandes, para o universo da marginalidade. Representando assim, um numerário futuro bem maior, do feminil aprisionado...



O Vermelho do alerta sinaliza

O que diante da inexistência de uma infraestrutura adequada, tanto no aspecto físico, como humano contraria o que se podería prever e já o vermelho do alerta, sinaliza, esboçando a urgência, que deve ser tratada em conjunto pelo Governo, á medidas necessárias, com foco totalmente direcionado para a criação e prática de Políticas Especiais para as mulheres encarceradas. Ou seja, o que já é inegavelmente cruel e desumano, cercado de ínumeros problemas, tende a se agravar, se não for imediatamente priorizado.

O tráfico


Este aumento de mulheres presas na última década se deu pelo grande número de condenações por posse, uso e tráfico de drogas. O perfil foi mudando, assim como os delitos. Crimes que, (nem mesmo poderiam ser caracterizados como tal), por se tratar mais de questões políticas e ideológicas, em função da repressão nos anos 70, levavam muitas mulheres injustamente para os cárceres, o equivalente a 10%. Já no final da década de 80, representavam 28% das condenações e em 2004 passaram a representar 60% do ingresso do sexo feminino nos cárceres. O que aumenta a necessidade de estruturar, humanizar e investir com vontade na questão.

Marcando uma era

Há os que acreditam que a emancipação, levou a muitas "outras" conquistas, e fortaleceu o rompimento corajoso com o elemento machista. Assim, em pouco tempo, a mulher já com outra forma de pensar e agir, podendo sonhar, falar e ser ouvida, unindo forças, desafiando obstáculos e buscando igualdade, foi marcando uma era. Tornando-se dona de seus atos, e ganhando terreno.

Com a crescente participação feminina no mercado de trabalho, nos salões públicos, na política, enfim, foi se possibilitando o execício da coragem em meio às conquistas e oportunidades.

A vida é uma perversa madrasta

Portanto, para aquelas, em que as possibilidades se desviaram, tornando impraticáveis suas buscas, ficou sensação constante da decepção e do fracasso. Sem o alento ou ilusão de uma melhor perspectativa futura, se afastava ainda o sonho do sonhador.

Se esta busca, já indicava a incerteza, ou apontava para o mundo do crime, agora, não mais importa... Pois para muitas, a vida é uma perversa madrasta, zombando do sofrimento alheio, sem nada ofertar...

Universo que se amplia mas, impede e limita

É num Universo que se amplia e se amontoa, que também se impede e se limita. No conglomerado, que vai misturando culturas, hábitos, religiões, idiomas, pele, olhos, cores e cabelos, torna destaque único a miscigenação, que atesta e provando, endossa, que o crime, assim como o criminoso, não precisa de disfarces, nem esconde mais o rosto, porque este, não tem face.



A Criminalidade apenas mudou de endereço

O que nos leva a entender, que a criminalidade, mudou de endereço, e não sobrevive apenas num espaço, assim tal qual a violência, ela é democrática podendo estar ao alcance de todos... E esta, que ja não veste mais, apenas um corpo pardo, nem faz do homem seu único escravo, revela uma mudança no todo.

A criminalidade, que transforma a mulher em sua cumplice e parceira, não representa mais o medo, que era imperante, e leva algumas a "desafiar" a sorte...

A mulher então, além de cometer crimes, até mesmo para “desafiar” provando como efeito, foi provocando um menor grau de tolerância do Sistema de Justiça Criminal para com os delitos cometidos pelo sexo feminino.

O que em meados do ano de 2006, já despertava relevantes preocupações, pois além de haver uma marcha rápida para o aumento de mulheres envolvidas com o mundo do crime, estes, também já se transformavam. Passando de uma para a outra ação delituosa com participação feminina ativa. Assim,mulheres que antes eram detidas em sua maioria, por crimes passionais, furtos, tráficos de drogas, tornaram-se atuantes em crimes diversos, (mesmo não sendo estes recordistas) como assalto a bancos e seqüestros.

A Sobra do resto

O fato das mulheres ocuparem posições subalternas ou menos importante na estrutura do tráfico, por exemplo, tendo poucos recursos para negociar sua liberdade quando capturadas pela polícia, vai grifando perdas irreversíveis. Sem condições para a contratação de um defensor, "se entendendo então" desamparada, vai contribuindo para a futura "explicação" ou tentativa, que versara na autodefesa. Assim, e quase sempre, se repetirá para todos que desta se aproximar, e isso poderá ser a sobra do resto que findou, transformada em uma inverídica, mas pura verdade e isso, por um longo tempo...



Sentenças diversas em escalas progressivas


Os seqüestros e extorsões eram praticamente crimes inexistentes em sentenças condenatórias femininas, hoje, porém, já existem diversas sentenças sendo proferidas em escalas progressivas, referentes à estes tipos de crime, que refletem de forma significativa, nas condenações com extorsões e mediantes a seqüestros.

-"Seria o Rosa Choque, o Choque da Rosa, ou o Rosa Choque, que assusta, preocupa e também Choca?"

Mas sendo o tráfico de drogas, ainda o delito responsável por colocar cada vez mais mulheres atrás das grades, ficou a cruel dúvida. Assim sendo, a célere entrada do sexo feminino no mundo do crime, chega ao final do mes de outubro de 2008, com uma média aproximada, conforme dados do *Depen (Ministério da Justiça) de Vinte e Oito Mil Mulheres

/2010/02/um-novo-perfil-da-criminalidade.html

Violência no namoro debates em Portugal

Violência começa no namoro

por
susana pinheiro
braga14 Novembro 2005
Engane-se quem pensa que a violência nas relações íntimas é coisa de casamento, com o homem a subjugar a mulher. As novas gerações provam o contrário e começam a agredir-se mutuamente já na adolescência. Chegam ao ponto de insultar, ameaçar e até esbofetear, o que constitui um alerta de risco para a violência marital. O problema está a ser alvo de estudo a nível nacional e, inclusive, uma psicóloga quer implementar um programa de prevenção nas escolas do País para diminuir estes comportamentos.
"Eles acham que dar uma bofetada é normal", diz a psicóloga Sónia Caridade, da Universidade do Minho (UM), em Braga, co-autora, com Carla Machado, do estudo nacional "Violência nas Relações Amorosas Comportamentos e Atitudes nos Jovens". No namoro, explica, as agressões são mútuas e a vítima interpreta esses actos "erradamente" como sendo de ciúme, minimizando o episódio, e crê que, com o casamento, as coisas vão mudar. "Geralmente, a violência intensifica-se", afirma.
Sónia Caridade constatou alguns destes aspectos, depois de ter inquirido cerca de três mil pessoas, entre os 15 e os 25 anos, abrangendo estudantes do ensino profissional, do secundário, população universitária e, por fim, jovens que abandonaram a escolaridade. Dos 685 indivíduos até à data analisados, na zona do Porto, a rondar os 19 anos, concluiu que os alunos do ensino profissional toleram mais a violência no namoro do que os que se encontram na universidade.
A maioria dos inquiridos afirma discordar da violência, mas os dados revelam que 24% deles recorrem ao abuso emocional e 22% chegam mesmo a praticar agressões físicas. Para além disso, 27% admitiram ter sido vítimas de pelo menos um acto abusivo durante o último ano, enquanto 33% confirmaram ter adoptado este tipo de condutas em relação ao parceiro. O abuso é mais tolerado pelo sexo masculino, mas diminui à medida que os estudantes avançam no seu percurso escolar. O que, segundo a psicóloga, se deve à "maior maturação decorrente da idade e aos desafios suscitados pela relação".
Para a psicóloga Susana Lucas, docente no Instituto Piaget, "a imaturidade e a falta de experiência, em conjunto com os esforços de querer assemelhar-se aos adultos para dominar e controlar, podem contribuir para a manifestação de comportamentos violentos para com os outros". Considera, por isso, que "a violência é um fenómeno cultural e é fundamental quebrar o elo geracional do pai que bate na mãe e do filho que vai bater na mulher".
Daí a necessidade de implementar o programa de prevenção, denominado "Dossier Intimidation", nas escolas do 2.º ciclo do Ensino Básico, em 2006. "Espera-se que o sujeito e toda a comunidade envolvente sejam capazes de detectar e/ou evitar situações potencialmente perigosas", explica. Os alunos deverão ser capazes de decidir quando não querem algo, sem que se desencadeiem sentimentos de culpa. Pretende-se identificar factores que caracterizem os adolescentes vítimas e perpetradores de violência, e elaborar um plano de medidas de intervenção comunitária.
Namoros de adultos. No caso dos namorados em idade adulta, a psicoterapeuta Marlene Matos, da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça e Reinserção Social, da UM, diz que a agressão é semelhante à que ocorre nas relações maritais. "O agressor recorre às mesmas estratégias de vitimação, ou seja, à violência psicológica e às tentativas de controlo social da vida da vítima", explica. Seguem- -se depois as ofensas físicas e os abusos sexuais.
Algumas mulheres acabam por sofrer tanto como as que já estão casadas, diferenciando-se apenas pela inexistência do vínculo do matrimónio e de filhos. Mas a ocorrência da violência no namoro deveria representar "um sinal de alarme" para as mulheres. Tanto que, nas suas consultas na UM, algumas vítimas de violência marital recordam ter tido elevada conflituosidade e maus tratos verbais na fase de namoro.
Tal como no casamento, explica Marlene Matos, também no namoro "o medo da mulher é um aliado do agressor". O receio de perseguições e retaliações acaba por levá-la a render-se ao domínio do namorado, o que muitas vezes a impede de reagir mais cedo.
No caso de "Maria", as constantes bofetadas e pontapés acabaram por levá-la a procurar apoio, apesar de não ter apresentado queixa na polícia. O namorado, de 21 anos, foi a uma sessão e depois o psicólogo perdeu-lhe o rasto. "Manuel", chamemos-lhe assim, identificou--se como sendo a vítima, acusando-a de o "deixar inseguro, agredir verbalmente e ser injusta" na relação. "Ela retribui o amor que tenho por ela acusando-me de várias coisas. É ingrata porque diz que me vai deixar e descontrolo-me", conta.
Para o "José", licenciado, foi diferente aconselhou a "Vera" a ir à consulta, "porque achava que ela tinha um problema", mas ela abandonou-o porque ele "lhe controlava os movimentos e batia". Para saber o que se passava, José fez-se passar por utente e apresentou-se como o namorado "daquela que tinha problemas". Não negou as agressões físicas à namorada, mas disse "perder o controlo porque ela era muito ciumenta".
Para o psicólogo Rui Abrunhosa, da UM, os agressores podem melhorar a atitude face à mulher. Mas, para isso, esta precisa de de-senvolver "estratégias para ser capaz de perceber quando ele está a pisar o risco".

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